segunda-feira, 8 de julho de 2019
Valores distorcidos
Título: Valores distorcidos
Subtítulo: Chame a Polícia pra Polícia
Resumo: Caso vivenciado no interior de Minas Gerais: um pastor sofreu tentativa de morte, agredido literalmente por um indivíduo armado com um facão e altamente alcoolizado, que é dominado pelo pastor e aguardam a chegada da polícia. 
Após muita insistência para averiguação da denúncia realizada por um membro da igreja, solicitando a presença ao local do acontecimento, os policiais militares zombam da denominação da igreja, bem como dizem ao pastor que resolva o assunto com o criminoso.
Conteúdo:
Quinta feira, dia 12 de março de 2009, o pastor Bento chega à igreja, como de costume, com sua esposa Dora e sua filha Ana, a fim de esperar os irmãos e então reunidos, fazer suas orações e prestar seus louvores a Deus.
Depois de alguns minutos, um indivíduo, cambaleando, mau vestido e mal encarado, em companhia de um jovem que aparenta uns 15 anos de idade, com um saco de tecido jogado às costas e lhe pergunta algo: você é o pastor Bento?
O pastor muito solícito o responde que sim e o homem fala que veio atrás dele para  matá-lo, então o pastor por um discernimento vê que o assunto é mais que um encontro casual; percebe que o homem veio diretamente à sua procura e que quer a sua vida; o pastor em sua autoridade eclesiástica repreende a intenção maligna do indivíduo, que se entorta e começa a falar de maneira estranha.
Depois de rolarem no chão e de o pastor tê-lo dominado e pego seu facão, o homem se vê livre do que o acompanhava e que lhe dava a força para investir contra a vida de um homem que ele jamais vira antes.
Em poucos minutos chegaram algumas pessoas ao local, e que se prontificaram para solicitar a presença da Polícia Militar, a fim de fazer uma ocorrência do fato e tomar as devidas providências cabíveis.
O primeiro telefonema, seguido do segundo e com a resposta estranha: resolva vocês mesmos o assunto com a pessoa. Depois de muita insistência e de ter sido relatado ao policial que o indivíduo trazia um facão e que deveria ser usado para tirar a vida de uma pessoa, então compareceram ao local da tentativa do homicídio.
Na chegada o policial olhou firmemente para a placa da igreja e, ao ler o nome que nela estava escrito, repetiu em alta voz com um tom de zombaria e de desrespeito e, dirigindo à pessoa do pastor falou que resolvessem o problema deles na igreja.
O pastor indignado com a postura cínica do policial pediu que retirassem a arma do local, levando com eles o dono dela e que resolvessem com ele o que deveriam fazer como agentes da autoridade policial, mas fora das dependências da igreja, visto que ele como pastor tinha uma responsabilidade para com os membros daquela igreja, que era zelar pela integridade física de todos que ali adentravam.
Na manhã seguinte, o pastor juntamente com algumas testemunhas foi à Polícia Militar, fazer uma representação contra a postura anti-profissional dos militares para com sua pessoa e para com os membros daquela instituição, por serem cidadãos como qualquer naquela cidade.
O tenente os recebeu com a devida atenção e logo partiu para tomar conhecimento dos fatos e assim resolvê-los. O pastor muito agradecido voltou para sua casa na esperança de que tudo iria se desenrolar da melhor forma possível, e deu por encerrado o episódio.
Quando estava em sua casa, descansando e se preparando para outras atividades, o pastor é surpreendido em sua residência, com a visita inesperada do carro da polícia militar; os dois policiais o procuravam. O chamaram na rua e não quiseram entrar em sua casa.
Pediram desculpas ao pastor e disseram que estavam num mau dia, e por isso não atenderam ao chamado do seu trabalho, que é proteger a sociedade dos maus elementos.
O pastor os ouviu e eles ainda disseram, que precisavam  fazer um curso para melhorar sua carreira na polícia e que se estivessem respondendo ao processo administrativo que seria imposto pela corregedoria da polícia, eles não poderiam fazer o tal curso; isto iria prejudicar a vida deles na incorporação.
Será possível os cidadãos honestos continuarem a presenciar e serem vítimas dos maus elementos, que começam se misturando e contaminando dentro de uma corporação secular  tão importante e imprescindível à segurança da população?
Será que a preparação e treinamento dos policiais estão corretos para enfrentarem o cotidiano que é fazer a segurança da comunidade contra os ataques dos maus intencionados?
Enquanto os bons se calarem, os maus vão continuar se levantando e a impunidade se perpetuará entre os criminosos e infratores da lei e dos bons costumes, reforçando os riscos já existentes e deformando mais os valores e princípios éticos e morais da sociedade.
Devemos nos calar diante destes fatos? Devemos nos amedrontar com as ameaças?
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